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A história de Kidia: Bonecas de pano, identidade e infância

  • Foto do escritor: Gabriel Figueiró
    Gabriel Figueiró
  • 20 de set.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 21 de set.

No Festival Passagens, tivemos a alegria de ouvir a história da Kidia, uma mulher angolana de 39 anos que encontrou, na sua jornada de vida, a inspiração para criar algo muito especial: bonecas de pano que refletem a diversidade e a beleza da sua cultura.


Gravação da história da Kidia, durante o Festival Passagens.
Gravação da história da Kidia, durante o Festival Passagens.

Quando criança, Kidia sentiu a falta de representatividade nos brinquedos que a rodeavam. As bonecas que encontrava não tinham a sua cor de pele, os seus traços, nem a sua língua. Essa ausência tornou-se, anos depois, a semente de um projeto empreendedor que une arte, identidade e memória. Ao costurar cada boneca, Kidia reconecta-se com suas raízes e com a língua materna, trazendo para o presente aquilo que lhe foi negado na infância.


As bonecas de pano feitas por Kidia.
As bonecas de pano feitas por Kidia.

Mas a sua partilha foi além do trabalho com as bonecas. Ela contou como a experiência de ser imigrante em criança marcou profundamente a sua vida: a estranheza do novo país, a diferença cultural e o impacto das pequenas violências do dia a dia. Aprendeu que as crianças julgam os outros porque aprendem isso dos adultos — e que cabe a nós cultivarmos valores de respeito, empatia e solidariedade desde cedo.


Na sua fala, também destacou a importância de deixar as crianças livres para serem criativas, em vez de ficarem presas às telas. Para ela, brincar é um ato de liberdade, de imaginação e de construção de identidade.


E terminou com um convite direto: que cada pessoa encontre o seu próprio jeito de agir para ajudar quem sofre. Porque é assim que podemos ensinar às novas gerações que a empatia se aprende no exemplo.


📽️ Assista ao vídeo completo da história da Kidia no nosso canal



Por que esta história importa?

Ao ouvir a trajetória de uma mulher migrante que transformou dor em criação, percebemos como histórias individuais podem inspirar mudanças coletivas — sejam elas na forma como educamos as crianças, como acolhemos o outro ou como reconhecemos o valor da diversidade.


O Andorinha — Biblioteca de Gente em Movimento continua a recolher e partilhar histórias como esta, construindo pontes entre migrantes e comunidades locais no sul de Portugal.


Financiamento

O Andorinha — Biblioteca de Gente em Movimento é financiado pelo Corpo Europeu de Solidariedade, programa da União Europeia que apoia iniciativas de juventude e impacto comunitário.


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